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Crônica Sobre Rodas #18: Passeio No Cinema e Aliens No Meu Quarto
01/01/2021 22:25 em Crônica Sobre Rodas

Oi pessoal, na crônica anterior eu contei que minha mãe comprou um celular e que passamos por mais uma situação inusitada por causa disso. A história é a seguinte, fomos passar o final de semana na casa da minha tia Adeci, lembro de acordar na madrugada com um barulho muito estranho que se repetia de 5 em 5 minutos, fiquei muito assustada porque, primeiro: estava totalmente no escuro; segundo: nunca tinha ouvido algo parecido e, por fim, imaginava que havia algum inseto na minha cama.

Acordei minha mãe desesperada e já avisando que tinha um bicho no quarto que não parava de gritar, a minha mãe já acordou pulando, mas aquele barulho tinha intervalos e nós ficávamos esperando ele retornar. Eis que recomeça e a mãe começou a mexer nas cobertas. Eu, nervosa, porque acreditem, o maior pânico de uma cadeirante que tem medo de insetos como eu, é saber que não pode sair correndo, pulando ou coisas do tipo.  Então, depois de mexer em tudo, minha mãe me diz: “Brenda, é o celular que eu comprei!” E eu: “Ah tá, mãe!” E ela afirmando: “É sim, está acabando a bateria e ele faz esse barulhinho”. Era um Motorola desses “tijolão”, parecia um inseto, fiz ela deixar a luz acesa e passei um bom tempo olhando para ele, afim de me certificar de que eu era realmente um ser da roça. Mas fui convencida, e nós duas acabamos tendo que rir da noitada com medo da existência de um “aliem” no quarto. 

De volta ao hospital, uma vez ao mês, eles levavam os pacientes para um passeio, nesse dia era para irmos ao cinema, eu nunca tinha ido ao cinema fiquei bem entusiasmada, chegando lá o filme era “Tarzan” em desenho. Me colocaram em um lugar que era um pouco inclinado, de caída, eu tinha dificuldade de me equilibrar na cadeira e estava ao lado de um amigo cadeirante, não é que acabei me distraindo e cai por cima deste amigo! Coitado, ele era carioca e se chamava Hugo. O tombo acabou em risos e eu morrendo de vergonha. Ele, muito querido diz: “Não te joga em cima de mim gaúcha!” E eu, óbvio muito brava e indignada disse para ele: “Vai te enxergar guri! Cai não me joguei!” Depois até a fisioterapeuta fazia piadinhas de que eu tinha me jogado em cima do Hugo.

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