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Crônica Sobre Rodas #14: Hidroterapia, Pinguins e Leões Marinhos.
04/12/2020 22:21 em Crônica Sobre Rodas

Bem pessoal, volto a relatar aqui a minha odisseia, rumo a nova vida. Chegou o dia de ir para a hidroterapia, no começo fiquei empolgada, piscina quentinha, a mãe me vestiu um maio e, claro, tirou foto de mim e partimos pra piscina. Chegando lá, o professor perguntou de onde eu era. E, eu disse: “Sou da praia do Cassino”. Ele, surpreso, me fala: “Sério?? Estudei na FURG e morei no Cassino!” Disse que via pinguim na nossa praia e que o Cassino era muito legal, falou dos leões marinhos e eu ouvindo super feliz!  Mas, apesar da minha alegria com o relato do professor, eu nunca havia visto um leão marinho e ele, que não era de Rio Grande, sim.

 Depois da conversa e apresentações, chega a hora de entrar na piscina. Eu pensando: “Tá, agora o professor me pega no colo e me coloca na piscina”. Só que não! Quando vejo, estaciona um guindaste do meu lado e, eu pensando: “Só falta a mãe tirar foto disso agora, pra me deixar pior”. Fui colocada em um saco e o guindaste me largava dentro da piscina delicadamente, lá estava o professor me esperando, para meu alivio, mas isso não era o pior, o tal maiô que eu estava usando era pequeno, sendo assim toda hora eu me olhava e percebia que ele estava fora do lugar. Queria matar minha mãe! Só podia ser culpa dela! Dentro da água foi uma sensação muito boa, eu de barriga para cima, “boiando”, com o professor me segurando, estava tudo muito bom até ele me dizer: “Agora vou te virar de bruços e tu tenta levantar a cabeça da água para não te afogar”. Como assim? Olhei para mãe e disse: “Não mãe, eu vou morrer”. A mãe, muito feliz, diz: “Vai nada Brenda, tenta nadar”. Aí ele me virou e, eu óbvio, não mexi nada. O professor levou uns 30 segundos para me desvirar, nossa, que trauma! Ele fez aquilo 3 vezes, muito contente e eu com raiva, até da mãe que tava lá toda feliz tirando foto. 

Transcorridas 1 hora de hidroterapia, com a sensação de 1 mês, fui liberada. Saí de lá batendo queixo de tanto frio, uma reação que me deu, deitei e me cobriram com dois cobertores em uma temperatura de 25 graus, só eu gaúcha lá, mas mesmo assim tremendo de frio. Não era febre, apenas uma reação do corpo e, claro, do meu cérebro indignado!

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