Oi pessoal! Voltei, irei compartilhar com vocês, a sequência da minha odisseia!

Na crônica anterior eu contava que havia recebido uma fita cassete, pois bem era uma fita de um ensaio da banda que toquei, da escola Wanda Rocha Martins. No final do vídeo cada um me mandava um beijo, todos envergonhados, foram um por um na frente da câmera e me mandaram beijos dizendo que estavam com saudades. Neste dia, passei mal por causa da emoção, por isso tive que fazer um eletrocardiograma. Não era nada, somente emoção. Comecei a sentir um gás, uma energia para me esforçar e ter alta logo. Me alimentava cada vez melhor, o hospital tem nutricionistas que são rigorosos com a alimentação dos pacientes para que se recuperem. Pois foi por conta disso que surgiu, um digamos “ciúmes’’ de alguns pacientes, porque? Explicando: todos regulavam de idade comigo, todos gostavam de lanches, refrigerantes e eu era totalmente ao contrário. Por escolha própria, quis jantar diariamente sopa e salada, eu gosto muito até hoje, fato que causou espanto e admiração por se tratar de uma adolescente de 14 anos. Ai a nutricionista me concedeu a liberdade de comer o que quisesse durante a semana e, claro, escolhi batata frita uma vez por semana no almoço, porque sou esperta. Contudo, ficava uma situação constrangedora, visto que os almoços eram servidos juntos e sempre iguais, todavia às quintas o meu vinha com batata frita. Quando olhavam o meu prato era sempre a mesma coisa: Porque você ganhou batata frita? Eu ficava sem graça e respondia: É porque eu como toda minha salada. Daí todos ficavam de cochicho. Peguei fama no hospital de ser “privilegiada”, mas eu era uma boa paciente e todos admiravam minha mãe. Comecei a ser convidada para jantares e festas nas casas dos fisioterapeutas e finalmente fui liberada para passar os finais de semana com meus parentes de Brasília. No primeiro sábado, minha prima Silvia me levou ao shopping, o maior da cidade, todo adaptado. Um lugar muito bonito, neste dia, tive uma agradável tarde de passeio, rompendo um pouco com a rotina de tratamentos do hospital. Vou parando por aqui, volto na semana que vem com o próximo capítulo da minha odisseia!