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Crônica Sobre Rodas #8: Nova Rotina
Crônica Sobre Rodas
Publicado em 23/10/2020

Oi pessoal! Voltei, irei compartilhar com vocês, a sequência da minha odisseia!Na crônica anterior eu contava, que estava no hospital, na ala dos adolescentes começando o meu tratamento, pois bem. Nesse tempo, durante o dia, surgiam pacientes passeando pela ala, eram os que já tinham suas rotinas de fisioterapia e outras atividades. Eu ainda não podia fazer nada, nem sentar na cadeira, muitos paravam para conversar comigo e saber de onde eu era, 90% deles eram vítimas de acidente de transito, quando contava que havia sido atingida por um tiro, o pessoal sempre ficava chocado. As visitas eram cotidianas, eles vinham diariamente, estacionavam a cadeira do lado da minha maca e puxavam assunto. Eu gostava muito, ia me soltando aos poucos. Mesmo deitada, começaram a fazer algumas atividades comigo, em especial estudar, foi então que comecei a ter dimensão do que era aquele hospital tão famoso e requisitado. Recebi dois professores, que iniciaram aulas diárias pela manhã na maca. Durante a tarde, a fisioterapeuta vinha e movimentava meus braços e pernas para que não atrofiassem e, durante a semana, faziam brincadeiras. Juntavam todos e faziam jogos de perguntas e respostas, adivinhações. Foi quando comecei a interagir mais, comecei a me expressar melhor, eu tinha uma necessidade de conversar e aos poucos ia abrindo a boca. Como já tinha dito em um capítulo anterior, tenho família em Brasília por parte de minha avó paterna e minha prima Silvia, praticamente me adotou. Ia diariamente me ver nos horários de visita, ela era uma professora de Judô, campeã, e tinha uma academia (A Silvia faleceu há alguns anos atrás, praticamente um ANJO). Junto com ela iam seus pais e 6 irmãos que revezavam nas visitas. Portanto, nunca ficava sem visita, o que era muito bom! Essas são pessoas maravilhosas que jamais esquecerei. Nesse meio tempo, a febre foi cedendo, era a esperança de que não necessitaria de cirurgia, mas isso já é assunto para a crônica da semana que vem, no próximo capítulo da minha odisseia. Quem me ler, saberá!

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