Oi pessoal! Voltei, irei compartilhar com vocês, a sequência da minha odisseia! 

Chega o dia dos exames! Me levaram para o elevador e descemos uns 4 andares subterrâneos. Eu ia enxergando médicos e enfermeiras circulando no caminho por mim, creio que todos imaginem que a sensação foi horrível. Lembro de sentir muita sede, pois nem água podia tomar naquele momento. Seriam exames muito detalhados. Perguntaram se eu tinha alergia a peixe, porque tomaria um liquido chamado ‘’Contraste’’ extraído de camarões e peixes do alto mar, o qual iluminaria meus órgãos por dentro e eles poderiam enxergar minha lesão e qualquer outro problema que tivesse. Me questionaram também, se eu tinha alguma obturação nos dentes, caso tivesse teria que tirar para o exame, visto que nada poderia atrapalhar. Bem, eu não tinha nenhuma alergia e nenhuma obturação, o que me fez pensar na primeira pequena vantagem da minha nova vida: Não me mexia, mas pelo menos não tinha carie nos dentes.

Após as perguntas, fui encaminhada para uma sala com pouca luz onde faria a ressonância magnética. Fui transferida para uma nova maca, onde entrei em um tubo gigante que cobria todo meu corpo, me senti como se tivesse engavetada no IML, mas tudo bem. Lá dentro, ouvia sons de martelada e eu não podia engolir a saliva, porque até a saliva prejudicava a visualização da lesão. Logo lá estava eu, uma múmia e sem engolir a saliva, rezando que aquilo acabasse rápido. Porém, acho que levou uma hora, que mais pareceu UM ano!! Quando acabou, sai de lá e fui encaminhada para uma sala de observação, onde estava minha mãe. Nossa que saudade eu já estava dela! Me deram um suco de gelatina para dar uma animada depois do jejum prolongado, o que, para mim, já era o suficiente, pois fome era algo que desconhecia há uns bons dias. Fui liberada para voltar para ala dos adolescentes, onde ficaria do lado de umas 30 pessoas. Ao meu lado, haviam enfermeiras para monitoração constante.

A continuação desta história, com o resultado dos exames, estará no próximo capítulo da minha odisseia, sexta-feira que vem. Quem me ler, saberá!