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Crônica Sobre Rodas #4: Primeiro Voo
Crônica Sobre Rodas
Publicado em 25/09/2020

Oi pessoal! Voltei, irei compartilhar com vocês, a sequência da minha odisseia! 

Partindo da história anterior, tive a sorte grande de ir para o hospital de Brasília: O Sarah Kubitschek, com menos de um mês de lesão. Porque muitos diziam que, haveria de esperar no mínimo 2 anos para conseguir ir.  Então já estava tudo resolvido, um jatinho da UNIMED  faria minha transferência, para mim, aquilo era  um castigo, não conseguia assimilar nada, mas tava todo mundo feliz por mim e dizendo que eu era sortuda, ok ok ... Nem questionei.

Um dia antes da viagem recebi varias visitas de amigos e familiares, ganhei tantos ursinhos de cada amigo que resolvi levar todos juntos. No dia da viagem, chegaram os enfermeiros no quarto que eu estava na santa casa.... Me transferiram para uma maca, colocaram um colar cervical no meu pescoço, me deixaram totalmente imobilizada, “como se eu fosse fugir’’. Era a hora de sair do quarto, naquele momento que eu sai imobilizada e via câmeras, repórteres de TV e rádio me fazendo perguntas meu cérebro travou, realmente eu ia percebendo cada vez mais aquela situação, não consegui responder nada, fiquei irritada com tudo aquilo, é uma sensação muito estranha. Tenho nitidamente aqueles flashs na minha cabeça, meu silencio, minha dor, minha esperança, uma explosão de sentimentos e, a pior de todas, uma culpa de que eu tivesse feito mal para mim e minha família. Então, entramos eu e minha mãe em uma ambulância e fomos para o aeroporto. Minha mãe sempre muito amorosa comigo, nos olhávamos profundamente nos olhos, ela fazia sentir que não estava sozinha, que ela me amava, que ela faria de tudo por mim. Posso dizer que tenho a melhor mãe do mundo! Ela foi minha paz, em cada olhar e gesto, eu só pensava: Tô com minha mãe, nada de pior pode acontecer agora! Nos colocaram no jatinho, nunca tínhamos voado, era muita coisa para minha cabeça, mas estava me lixando para voar de avião. Foram 3 horas de viagem. Chegamos em Brasília às 18h30 e estava lá no aeroporto uma prima de meu pai, Silvia, nos esperando com todo amor e carinho. O restante da história, estará nos próximos capítulos da minha odisséia. Quem me ler, saberá!

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